Porquê?

 Uma Sociedade Social & Liberal numa Economia Local & Global 

As ilusões terminaram para as chamadas sociedades desenvolvidas. Nos próximos anos, cairão, um após um, os respectivos ícones: a energia barata, o estado social ilimitado, o pressuposto do desenvolvimento e crescimento contínuos, o equilíbrio social, a democracia. Variáveis que aquelas sociedades consideram como conquistas para a eternidade, como direitos adquiridos.

Na sequência desse processo e, naqueles países, será necessário reconstruir tudo de novo e criar uma sociedade que, sem roturas, possa gerir a redução - incontornável - da riqueza disponível. Ou seja, uma Nova Sociedade.

A globalização, a demografia, a tecnologia disponível, o enriquecimento de grandes países em processo de rápido desenvolvimento, a escassez de matérias-primas essenciais a custos habituais, são apenas realidades que conduzirão aquele destino.

Já não está em questão se vai suceder. Nem quando vai acontecer. Pois já começou. Resta apenas saber como se irá proceder à adaptação de cada país à Nova Sociedade e quão abruptos irão ser os impactos que advirão da mudança.

9 comentários:

António R disse...

Parabéns. São textos claros e interessantes. Agrupam ideias novas e outras menos novas. Não li todos, mas assim que puder farei. Continue.

Gonçalo disse...

Obrigado. Obviamente que não se pretende ser inovador em toda a linha. Tudo já foi inventado. Faltará, talvez a integração de muitas (boas) ideias que por aí andam dispersas. E perceber que a mudança vem aí e não vai pedir licença para entrar...

disse...

Faço minhas as palavras do primeiro comentador. Um trabalho que exercita a reflexão ... e ai se precisamos dela!
saudações

Jonh disse...

Parabens Gonçalo. tenho lido alguns textos do seu blogue e posso dizer-lhe que têm ideias interessantíssimas.

Numa linguagem simples, acessível e directa, os textos representam um retrato fiel da sociedade actual, assim como contêm algumas sugestões.

Já procurei na Internet a "Noa Sociedade", mas nada encontrei. Pensei que fizesse parte de algum movimento.

Jonh disse...

Depois de ler mais alguns textos, fiquei preocupado.

Num dos textos que li, segundo me pareceu, defende o recurso a outros sistemas políticos, excluindo a democracia.

Gonçalo disse...

Tem razão para ficar preocupado e não tem razão para ficar preocupado.
A preocupação justificada é a mesma de Churchill: a democracia é a pior forma de governo se excluirmos todas as outras.
A verdade é que não é uma boa solução, mas... até agora, não há melhor.
Lembre-se que Hitler e Chavez acederam ao poder por via democrática.
E não tem que ficar preocupado pois não aponto nenhuma alternativa melhor à democracia.
No entanto (e isto é factual) o sistema político tem muitas componentes. A sua "bondade" é determinada pela soma de todas elas. Mas, na componente puramente económica, no actual mercado global, a verdade é que as democracias não se estão a dar bem...
Outros sistemas - não democráticos - mas resignando-se ao capitalismo - estarão a se dar melhor.
Não arrisco sugestões para uma alternativa à democracia. Haverá esse sistema melhor? Mais adaptado às actuais circunstâncias?

Se há, ainda terá de ser inventado.

http://existenciasustentada.blogspot.com/2011/01/17-democracia.html

Ricardoense disse...

Venho deste modo apresentar o meu novo projecto (Blog EcosEconomia). Blog onde se aborda alguma das principais questões da economia actual. Aguardo a vossa visita

http://ecoseconomia.blogspot.pt/

Suzana Toscano disse...

Gostei muito do seu blog, caro Gonçalo, parabéns!Sobre este seu último post, bastante pessimista segundo me pareceu, talvez seja de considerar que essa nova sociedade é preparada (ou prejudicada) todos os dias, não se constrói com régua e esquadro, nem é infalível que os seus pressupostos se verifiquem. Li há dias um texto que dizia que todos os grandes factores de mudança histórica foram imprevisíveis, aquilo que verdadeiramente conta não é o que se planeia e adivinha mas sim o modo como se reage ao que apanha as sociedades de surpresa. Por exemplo, não equaciona a transformação do que hoje se chama "mercado de trabalho"? Faz sentido continuarmos a chamar "desempregados" e "subsidiados" a quem não tem lugar num processo de criação de riqueza que passou a dispensar mão de obra? Enfim, são sugestões para as suas reflexões e de todos nós. Cumprimentos

Gonçalo disse...

Agradeço o elogio e o tempo gasto no seu comentário.
Este blog não é um blog clássico, com publicação de posts sucessivos.
É um repositório de ideias e sugestões, aberto a sugestões e propostas.
Sim. O mercado do trabalho é abordado. No post seguinte:
http://existenciasustentada.blogspot.com/2010/09/19-trabalho.html
Cumprimentos